terça-feira, 10 de junho de 2014

MANSÃO WINCHESTER


Estados Unidos, 1862. Sarah Pardee casa-se com Willian Wirt Winchester, o milionário proprietário da fábrica de armas Winchester. A fábrica estava a pleno vapor investindo em uma nova arma. Um novo rifle que seria usado em muitas batalhas e acabaria com a vida de milhares de pessoas. Simultaneamente com esse acontecimento que consagrava a fábrica, nasce a filha do casal. Anne Pardee Winchester.


A felicidade do casal durou pouco. Com apenas um mês de vida, morre a pequena Anne de uma doença rara e não diagnosticada. Sarah Winchester teve depressão muito forte em função de sua perda e não quis ter outros filhos. Quando estava quase recuperada, dez anos depois, mais uma tragédia chega ao seio da família: morre Willian Winchester vítima de tuberculose.


Novamente Sarah Winchester voltou a cair em profunda depressão. Mas desta vez foi mais grave. Junto com a depressão, Sarah começou a ouvir vozes e coisas estranhas passaram a acontecer pela mansão. Cansada e com medo, ela decide procurar um médium. Este, por sua vez, conta a Sarah que encontrou o espírito de seu esposo vagando pela casa juntamente com as almas das pessoas que foram mortas por suas armas. E não era só. Também contou que os espíritos mataram sua filha e seu marido. E ela seria a próxima.


A indicação do vidente: que Sarah procurasse casas para comprar para acomodar os espíritos. Um lugar que seria indicado pelo espírito do marido morto e que serviria como abrigo para as almas mortas pelas armas fabricadas pela família Winchester. E foi exatamente isso que Sarah fez. Após encontrar a casa perfeita, o médium falou a Sarah que ele deveria reformar a casa para que apenas os espíritos bons ficassem e os maus fossem embora.


Sarah contratou uma equipe de pedreiros e as obras começaram. Quartos, banheiros, salas e até escadas e portas que levavam a lugar nenhum foram acrescentados a casa. Porém nada disso estava resolvendo, pois ela continuava a escutar os espíritos. Sons eram ouvidos o tempo todo e as obras aconteciam 24 horas por dia. A loucura de Sarah era tanta que havia escadas que acabavam em pareces, portas que abavam em um abismo e salas sem portas. Muitas vezes, Sarah mandara destruir uma peça recém construídas e construir outra no lugar. Tudo com uma única finalidade: espantar os espíritos maus.  Também fora construído o quarto azul, local onde aconteciam, diariamente, as sessões de espiritismo e justamente de onde Sarah tirava os projetos dos novos cômodos que seriam construídos na casa. Segundo ela, os espíritos falavam como deveria ser tal cômodo e se não ficasse como Sarah descrevia aos pedreiros, mandava derrubar e começar novamente.


Foram 38 anos interruptos de construção diária. A casa já possuia vida própria. No máximo de sua construção, pouco antes da morte de Sarah, a Mansão Winchester tinha 7 andares, cerca de 160 quartos e tantas salas que não se soube ao certo o número de cômodos e portas que havia na mansão. Em 1906 um terremoto destruiu boa parte da construção. Nem mesmo o terremoto parou Sarah. Continuou construindo até 1922, ao falecer logo após uma sessão espírita.

Tempos depois, a casa foi vendida a um grupo que faria da casa um ponto truístico, afinal as histórias acerca de possível possessão espírita eram famosas pelo mundo todo. Numa primeira contagem, foram numerados 148 cômodos. Numa segunda, 160. Várias contagens foram feitas, mas os números nunca eram os mesmos. Parecia que a casa crescia e diminua conforme sua vontade própria.


A mansão Winchester é considerada o lugar mais mal assombrado da América e tem registrado como desconhecido o número de cômodos. A casa, atualmente, está aberta a visitação e há relados (dos visitantes) de vozes e gritos, de cômodos que aparecem e desaparecem em um piscar de olhos, num fechar de portas.

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