Comida, água, energia e residência, tudo em um só lugar. Assim é o Dragonfly, projeto de fazenda vertical assinado pelo renomado arquiteto Vincent Callebaut. Inspirado na asa de uma libélula, o prédio de 132 andares seria capaz de produzir mais de 30 tipos de cultivos – de frutas a vegetais – na cidade de Nova York.
Entre as áreas verdes, haveria salas e escritórios comerciais, que usufruiriam de todo ambiente climatizado de forma natural. Funcionando como um ecossistema vivo, o prédio atenderia às necessidades de seus ocupantes de maneira autossuficiente. Além dos alimentos, o Dragonfly geraria energia solar e eólica e contaria com sistema de coleta de água da chuva.
A pequena cidade de Linkoping, no sul da Suécia, vai ganhar ares futuristas com a construção de sua primeira estufa urbana vertical para a produção de alimentos. Projetado pela empresa sueco-americana Plantagon, o edifício também abrigará um centro internacional para pesquisa de novas tecnologias de agricultura urbana. Cada andar poderá abrigar uma cultura diferente de vegetais e hortaliças, que chegarão fresquinhos ao comércio local, já que não precisarão percorrer longas distâncias do campo à mesa do consumidor.
Lembrando conjuntos de pedras empilhadas, a fazenda vertical ao lado foi projetada pelo renomado escritório Vincent Callebaut Architects para a cidade de Shenzen, uma das maiores e mais importantes da China. O Asian Farmscraper Cairn Shenzhen é composto por seis torres de uso misto, que oferecem espaço para residências, escritórios, varejo, recreação e também para a produção de alimentos. Exuberantes jardins e áreas de cultivo não só vão produzir alimentos para os moradores do complexo, mas também ajudarão a melhorar a qualidade do ar. O projeto prevê ainda o uso de fontes integradas de energia renovável, sistemas de reaproveitamento da água da chuva e reciclagem de resíduos.
A firma de arquitetura SOA projetou a Urbanana, uma fazenda vertical para o cultivo de banana em Paris, na França. Visualmente, a estrutura lembra a loja novaiorquina da Apple na 5ª Avenida, mas onde todos os produtos foram substituídos por plantas de bananeira, com enormes janelas de vidro e uma estética minimalista.
A fachada favorece a entrada de luz natural na estufa, que conta também com iluminação artificial. De quebra, o gigante cubo protege a plantação de fenômenos climáticos intensos que, vez por outra, atrapalham o abastecimento da fruta na Europa. O espaço de plantio se espalha por seis andares ligados por pontes metálicas. Além disso, ocupam o primeiro piso um laboratório de pesquisa e um auditório para exposições e convenções sobre o setor. Com cultivo local da fruta, a "Urbananas" ajudaria a reduzir as emissões associadas ao transporte e preservaria o “frescor” das bananas.
A fazenda com forma de pirâmide ao lado foi concebida pelos professores da Universidade de Columbia Eric Ellingsen e Dickson Despommier, referências no assunto. O conceita se assenta na ideia de que a agricultura vertical em breve se tornará uma tábua de salvação necessária para cidades em todo o mundo. A Pyramid Farm, como foi chamada, oferece uma solução sob a forma de um ecossistema autossuficiente que cobre tudo, desde a produção de alimentos à gestão de resíduos. Seus criadores estimam que a estufa vertical poderia usar apenas 10 por cento de água e cinco por cento da área usada pelo cultivo convencional.
E se fosse possível cultivar “energia” dentro da cidade? Essa é a proposta do Eco-pod, uma fazenda vertical de algas para produção de bioenergia bem no centro de Boston, nos EUA. Projetada pelas firmas Howeler + Yoon Arquitetura e o Squared Design Lab, a estrutura é feita de módulos pré-fabricados, ou "eco-pods". O controle da fabricação de biocombustíveis, seria feito por braços robóticos capazes de reconfigurar cada módulo para otimizar as condições de cultivo.
À medida que a agricultura se expande no campo, menos terra sobra para plantar. E num país com forte atividade agrícola, como a China, isso pode se tornar um problema. Atento à questão, o estúdio Japa Architects projetou o que chama de “redes verticais dinâmicas”, ou simplesmente Dyv-Net. Construídas a partir de metais leves e com uma altura de 187,5 metros, as fazendas Dyv-Net poderiam produzir culturas durante todo o ano e melhorar a economia dos centros urbanos. Inspirado em técnicas de cultivo de arroz na China, a fazenda é composta por uma série de parcelas agrícolas circulares. Alimentos são cultivados com a ajuda de hidroponia e culturas são alternadas ao longo do ano de acordo com a época.
Apesar da Califórnia ser um importante estado produtor de alimento nos EUA, a maior parte do que se produz por lá é consumido pela própria população local. Atento à questão da produção futura de alimentos, o designer californiano Brandon Martella projetou uma fazenda vertical e uma torre residencial num mesmo edifício no centro da cidade de San Diego. De acordo com o designer, a estrutura poderia fornecer até 10% da demanda de alimentos da cidade e melhorar o ambiente por sua ampla área verde.
No futuro, as pontes também poderão servir de meio para o cultivo de alimentos nas alturas. O estúdio Chetwood Architects apresentou uma proposta interessante de uma ponte futurista em Londres de onde brota uma imponente fazenda vertical, bem no meio do rio Tâmisa. Torres de energia solar e turbinas eólicas garantirão a energia necessária para a manutenção de uma estufa orgânica. Um cais conectado à ponte permite ainda que as mercadorias sejam entregues em um mercado próximo, com bares, tendas de venda e restaurantes.
O projeto Aeroponic propõe a criação de fazendas verticais descentralizadas que sejam capazes de fornecer arroz suficiente para as gerações futuras. A estrutura básica consiste de uma matriz de paralelogramos de bambu que criam terraços de campos cultiváveis e conta com um sistema de irrigação natural. O projeto leva assinatura do designer Jin Ho Kim.
Este é um sistema de cultivo urbano que leva a agricultura vertical a novos patamares. De tirar o folêgo, a torre espigada projetada pelo estúdio Appareil incorpora um mecanismo futurista para a produção agrícola no meio urbano. O design foca em três coisas: o local onde a torre será erguida, a área da cidade que será utilizada, e o clima.
Uma piscina fechada no interior atua como uma incubadora que proporciona um ambiente controlado para as plantas, atavés da coleta de água da chuva, do controle da temperatura, da luz solar e até da concentração de dióxido de carbono.
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