terça-feira, 30 de julho de 2013

Raios e relâmpagos




 O comprimento médio da trajetória de um relâmpago na atmosfera vai de 5 a 10 quilômetros, aproximadamente duas vezes a distância de Salinópolis (município do Pará) até uma de suas praias mais famosas, a praia do Atalaia.
 O número de descargas que ocorrem em nosso planeta pode chegar a 100 em cada segundo, quase o número de batidas das asas de um beija-flor no mesmo intervalo, cerca de 90 vezes.

 Todos os dias acontecem mais de 40 mil tempestades na Terra. Ou seja, até o fim de uma aula de 50 minutos, já terão acontecido pelo menos 30 tempestades.

 O tempo de cada descida da Carga Líder, chamado de etapa da líder, é de 1 microssegundo ou 1 milionésimo de segundo. A Líder ainda para entre as etapas por 50 microssegundos, uma eternidade comparado ao tempo da etapa.

 A segunda quebra da rigidez dielétrica do ar, a que ocorre próxima ao solo, é quase instantânea e dura 100 milisegundos (1 décimo de segundo). Curiosamente, esse é o tempo de remanescência, tempo que dura uma vibração auditiva em nossos ouvidos.

 O intervalo médio entre as descargas de retorno é de 40 milisegundos, ou 4 centésimos de segundo. Uma coruja leva apenas 1 bilionésimo de segundo para perceber o chiado de um rato, sua presa preferida.

 Com a velocidade da Carga Líder (100 km/s) se poderia ir da Terra até a Lua em 1 hora e 4 minutos, aproximadamente.

 O canal do relâmpago pode aquecer de 20 a 30 mil graus Celsius em 10 microssegundos. Mais quente é o centro do Sol, a 10 milhões de Kelvin, praticamente a mesma coisa em Celsius.

 Durante o curto lapso de tempo de duração do relâmpago, descem da nuvem para a Terra cerca de 100 quintilhões de elétrons (1020). Se pudéssemos dispor da potência elétrica gerada por esses elétrons, produziríamos grande quantidade de energia.

 O campo elétrico da Terra é de 120 volts por metro, apontado para baixo. Se considerarmos o planeta como um condutor esférico, a carga que ela poderia acumular vale, em módulo, quase 600.000 Coulomb.

 Quando uma descarga de retorno acontece, são transferidos ao solo quase 10 Coulomb em milionésimos de segundo. A corrente ali varia de 30 a 40 mil Ampère. Numa tomada residencial, por exemplo, a corrente nem chega a 1 Ampère.

 O ponto de encontro do Líder Escalonado com o Líder Conectante, também conhecido como distância de atração, pode acontecer de 10 a 100 metros do solo. Alguns prédios, se muito altos, precisam levar em conta, em seus sistemas de proteção, a possibilidade de receberem diretamente a descarga desse encontro.

 Se existe um campo elétrico terrestre, certamente há uma força elétrica, de atração ou repulsão, que poderá atuar sobre qualquer carga, corpo eletrizado ou até mesmo eletricamente nulo. Essa força é bem pequena, já que a quantidade de carga acumulada por um corpo em tempo bom e o campo elétrico terrestre também são pequenos.

 O tempo para o acúmulo de mais cargas na base da nuvem varia de 3 a 6 centésimos de segundo. Uma partícula formada na atmosfera superior pelo choque de raios cósmicos com moléculas de ar, conhecida como múon, tem tempo de vida bem menor: 2,2 milionésimos de segundo.

 O campo elétrico entre a nuvem e o solo (campo elétrico nuvem-solo) varia de 100 a 400 mil volts por metro.

 A descarga de retorno viaja a 100 milhões de quilômetros por segundo, um terço da velocidade da luz. O líder contínuo é bem mais lento. Sua velocidade é de 3 mil quilômetros por segundo.

 As nuvens cumulonimbus podem cobrir regiões inteiras. Seu diâmetro varia entre 10 e 20 Km, mesmo valor de sua altura em relação ao solo. Duração: 30 a 90 minutos. Velocidade: 40 a 50 Km/h. Número de tempestades por dia : 2000 (16 milhões por ano).

Fonte: http://fisica.icen.ufpa.br/aplicada/curiosidades.htm

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